Luar Do Sertão [completa]
Vicente Celestino
Composição de (Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco)
Cifras para cavaquinho
Luar do sertão Pedro de Alcântara e Catulo da Paixão Cearense D Bm Em Não há, oh! gente, oh! não Em9 A7 D A7 Luar como esse do sertão! D Bm Em Não há, oh! gente, oh! não Em9 A7 D A7 Luar como esse do sertão! D Oh! que saudades Bm Em Do luar da minha terra G A7 Lá na serra branquejando D A7 Folhas secas pelo chão! D Este luar Bm Em Cá da cidade tão escuro G A7 Não tem aquela saudade D A7 Do luar lá do sertão! (Refrão) D Se a lua nasce Bm Em Por detrás da verde mata G A7 Mais parece um sol de prata D A7 Prateando a solidão! D E a gente pega Bm Em Na viola que ponteia G A7 E a canção é a lua cheia, D A7 A nos nascer no coração! (Refrão) D Quando vermelha, Bm Em No sertão, desponta a lua, G A7 dentro d'alma, onde flutua, D A7 Também rubra nasce a dor! D E a lua sobe Bm Em E o sangue muda em claridade G A7 E a nossa dor muda em saudade D A7 Branca, assim, da mesma cor! (Refrão) Ai, que me dera Que eu morresse lá na serra, Abraçado a minha terra E dormindo de uma vez! Ser enterrado Numa grota pequenina Onde, à tarde, a sururina Chora a sua viuvez! (Refrão) Diz uma trova, Que o sertão todo conhece, Que se à noite o céu floresce Nos encanta e nos seduz! É porque rouba Dos sertões as flores belas Com que faz esssas estrelas Lá no seu jardim de luz! (Refrão) Mas como é lindo Ver, depois, por entre o mato, Deslizar, calmo, o regato, transparente como um véu! No leito azul Das suas águas murmurando, Ir, por sua vez, roubando As estrelas lá do céu! (Refrão) A gente fria Desta terra sem poesia Não se importa com essa lua, Nem faz caso do luar! Enquanto a onça Lá la verde capoeira Leva uma hora inteira Vendo a lua a meditar! (Refrão) Coisa mais bela Neste mundo não existe, Do que ouvir um galo triste No sertão, se faz luar! Parece até Que a alma da lua é que descanta Escondida na garganta Desse galo a soluçar! (Refrão) Se Deus me ouvisse, Com amor e caridade, Me faria esta vontade, O ideal do coração! Era que a morte A descantar me surpreendesse E eu moresse numa noite De luar do meu sertão! (Refrão) Roberto Crescioni [email protected] Bauru, 20 de agosto de 2008
Enviado por: Roberto Crescioni
Corrigido por: sem correções
Comentários