D - Em7 - A7 Mandei-lhe uma carta em papel perfumado e com letra bonita disse ela tinha um sorriso luminoso tão triste e gaiato como o Sol de Novembro brincando de artistas nas acácias floridas, na fímbria do mar Sua pele macia era sumauma sua pele macia cheirando a rosas seus seios laranja, laranja do Loje eu mandei-lhe essa carta e ela disse que não Mandei-lhe um cartão que o amigo Maninho tipografou por ti sofre o meu coração num canto sim noutro canto não e ela o canto do não dobrou Mandei-lhe um recado pela Zefa do sete pedindo e rogando de joelhos no chão pela Senhora do Cabo, pela Sta. Efigénia me desse a ventura do seu namoro... e ela disse que não Mandei a Vó Xica, quimbanda de fama a areia da marca que o seu pé deixou para que fizesse um feitiço bem forte e seguro e dele nascesse um amor como o meu... e o feitiço falhou Andei barbado, sujo e descalço como um monangamba procuraram por mim não viu ai não viu o Benjamim e perdido me deram no morro da Samba Para me distrair levaram-me ao baile do Sr. Januário, mas ela lá estava num canto a rir, contando o meu caso às moças mais lindas do bairro operário Tocaram uma rumba e dancei com ela e num passo maluco voamos na sala qual uma estrela riscando o céu e a malta gritou: "Aí Benjamim" Olhei-a nos olhos sorriu para mim pedi-lhe um beijo, la la la la la e ela disse que sim e ela disse que sim
Enviado por: João Marujo
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