Cm Ab Sonho o poema de arquitetura ideal cuja própria nata de cimento Db7 Encaixa palavra por palavra, tornei-me perito em extrair Db7/9 Faíscas das britas e leite das pedras. Cm Fm Acordo, e o poema todo se esfarrapa, fiapo por fiapo. Cm Acordo, o prédio, pedra e cal, esvoaça Fm Como um leve papel solto à mercê do vento Ddim E evola-se, cinza de um corpo esvaído de qualquer sentido Cm Acordo, e o poema-miragem se desfaz Fm Desconstruído como se nunca houvera sido. Cm Acordo! Os olhos chumbados pelo mingau das almas Fm E os ouvidos moucos, Ddim Am Assim é que saio dos sucessivos sonos: Dm Am Vão-se os anéis de fumo de ópio e ficam-me os dedos estarrecidos. Dm Metonímias, aliterações, metáforas, oxímoros sumidos no sorvedouro. F Não deve adiantar grande coisa permanecer à espreita Bdim No topo fantasma da torre de vigia Ddim Am Nem a simulação de se afundar no sono, nem dormir deveras. F E7 Am Pois a questão-chave é: Am Dm Sob que máscara retornará o recalcado Am Dm Am Sob que máscara retornará sob que máscara
Enviado por: Ari Caldeira
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