Luiz Marenco

Gateada Madrinha

Luiz Marenco

Composição de (Márcio Nunes)
Cifras Nível iniciante
A                                                       E7 
Vinha o sol de bico aberto no canto de um galo novo 
                                                                        A 
E a manhã fazendo pouso lá por detrás do capão 
                                                                                 E7 
A indiada apertando a cincha, num bate-bate de argolas  
                                                                               A 
E um choro fino de esporas, como clarim do galpão. 

                                                                  E7 
Eguada de cria ao pé, com sereno no topete 
                                                                                      A 
Que clareou costeando o brete, talvez pressentindo o chão 
                                                                                    E7 
Cada tordilha mais linda, umas chucras, outras mansas 
                                          Bm                                     E7 
E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação 
                                                                                       A 
E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação. 

Refrão: 
A                                                                                        
”Num grito de abre a porteira tropilha se esparramando 
                                                                        E7 
A potrada se trompando contra as éguas na saída 
                                          Bm                                      E7  
Mais lembrava um olho d`agua , que da terra ia surgindo 
                                                                              A 
E serpenteava sumindo, por entre a várzea comprida.” 

A                                                                              E7 
No lombo de um zaíno louco, sestroso e passarinheiro 
                                                                              A 
Um campeiro abria o peito, entre a poeira e o tropel 
                                                                             E7 
Até previa o momento que o maula fosse sentando 
                                                                               A 
Renegando de um zurrilho, que a dias se foi pro céu. 

                                                                       E7 
Um cincerro no pescoço, num costado musical 
                                                                         A 
De uma gateada cardal, madrinha por experiência. 
                                                                             E7 
O capataz bem de longe, num bico branco calçado 
                          Bm                                            E7  
Parecia um delegado, nos setembros da querência 
                                                                            A 
Parecia um delegado, nos setembros da querência. 

A                                                                                
Talvez tivesse na idéia, mirando campo e estrada 
                                                                           E7 
De soltar essa gateada na frente de uma tropilha 
                                      Bm                              E7 
Pra invernar n`algum rincão, os tubunas do poder 
                                                                            A 
Que fazem o povo sofrer, taperando estas coxilhas.

Enviado por: Odegar Bañolas Neto

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