D#m G#m No teu poema C#4 B A#m7 existe um verso em branco e sem medida, D#7/4 D#7 G#m7 um corpo que respira, um céu aberto, C#7/4 C#7 F#7M A#7 D#m7 janela debruçada para a vida. G#m No teu poema C#4 B A#m7 existe a dor calada lá no fundo, D#7/4 D#7 G#m7 o passo da coragem em casa escura C#7/4 C#7/9- F#7M F#7 e, aberta, uma varanda para o mundo. Bm7 Existe a noite, E4 E A7M o riso e a voz refeita à luz do dia, D7M G#m7 a festa da Senhora da Agonia e o cansaço C#7/9- C#7 F#m7 do corpo que adormece em cama fria. Bm7 Existe um rio, E4 E A7M a sina de quem nasce fraco ou forte, D7M G#m7 o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, C#7/4 C#7 F#7M A#7/4 A#7 D#m7 que vence ou adormece antes da morte. G#m No teu poema C#4 B A#m7 existe o grito e o eco da metralha, D#7/4 D#7 G#m7 a dor que sei de cor mas não recito C#7/4 C#7/9- F#7M A#7/4 A#7 D#m7 e os sonos inquietos de quem falha. G#m No teu poema C#4 B A#m7 existe um cantochão alentejano, D#7/4 D#7 G#m7 a rua e o pregão de uma varina C#7/4 C#7/9- F#7M F#7 e um barco assoprado a todo o pano. Bm7 Existe um rio E4 E A7M o canto em vozes juntas, vozes certas D7M G#m7 canção de uma só letra e um só destino a embarcar C#7/9- C#7 F#m7 no cais da nova nau das descobertas Bm7 Existe um rio E4 E A7M a sina de quem nasce fraco ou forte, D7M G#m7 o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, C#7/4 C#7 F#7M A#7/4 A#7 D#m7 que vence ou adormece antes da morte. G#m No teu poema C#4 B A#m7 existe a esperança acesa atrás do muro, D#7/4 D#7 G#m7 existe tudo o mais que ainda escapa C#7/4 C#7 B A#m7 G#m7 F# e um verso em branco à espera de futuro. ******* a Carlos do Carmo o melhor fadista Portugues [email protected]
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